Há dez anos, nasceu este blog. O primeiro “post” justificava
um pouco o porquê do nome, a sua origem e inspiração, denunciava a ingenuidade de
quem passou de um blog individual (ainda mais ingénuo – “with empty hands”)
para este que queria coletivo.
Até foi coletivo durante algum tempo. Teve participações de
várias pessoas mas afinal, passada uma década, apenas mantém as publicações de
dois amigos: O Pedro L. Cuadrado e eu.
Dez anos, apesar de dizermos que passam muito rápido, é
muito tempo. Esta década trouxe-nos “senderos” que não podíamos imaginar,
caminhos mais fáceis e veredas cheias de mato.
Houve e há tanto para ver, tanto para ouvir, para cheirar,
abraçar. Sou grato por estes dez anos em que pude escrever aqui e,
esporadicamente, ser lido dentro de tanto que se ignora na vida (e, imagine-se,
na blogosfera).
Estes anos deram-me coragem para me assumir como um ser
humano que necessita tanto da escrita como necessita dos outros. Como necessito
aqui do Pedro, a minha verdadeira pedra basilar nestes “senderos”, ele, amigo,
que sempre me faz melhor com a sua presença e conselho.
Se tiver a sorte de aqui poder escrever mais entradas
durante os próximos dez anos, espero que o post do vigésimo aniversário seja também
de gratidão, essa gratidão que é um dos principais vocábulos deste percurso
editorial na internet.
Para ilustrar esta entrada, recorro a Jiro Taniguchi, como
há dez anos atrás, com o “Homem que Caminha”. Hoje posso ilustrá-lo também
com “O Diário do Meu Pai”, algo que não poderia imaginar, mas aí está alguma
desde magia de caminhar…
Continuemos a fazer o caminho a andar.
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