Quinze anos tem esta foto. Tinha 24 ou 25 anos e uma Panasonic (com objectiva Leica) que comprei, em segunda mão, ao meu futuro sogro. Foi um dos bens materiais que mais estimei e que me permitiu guardar em pixéis o que o nitrato de prata nunca me permitiu por motivos económicos.
O horizonte era já rai(y)no, mas o olhar era bastante agitado e fixava-se em muitas coisas ao mesmo tempo. Faltava-lhe perspectiva. Ainda bem que lhe faltava. Talvez por isso hoje seja capaz de olhar para outras coisas sem esquecer o que viu. Honrar o passado não tem porque ser um acto de saudosismo. Pode ser simplesmente carinho e algum sorriso incrédulo.
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