terça-feira, agosto 15, 2006

Navegador Solitário


A história:
Trata-se de um diário em que o protagonista, Solitão Francisco Fernandes (de 15 anos), narra, obrigado pelo avô Aquilino (já há muito falecido), pela madrinha Mª Preciosa e pela mãe, o desenrolar da sua existência.
Relatando a sua vida, curiosamente "lixada", Solitão vai mostrar como é a sua relação com a família, com os amigos, com as mulheres, com a escola e com o seu próprio "eu". Nas várias passagens do diário, surgirão momentos de "escrita automática", um fenómeno de carácter parapsicológico, provocado pelo avô.
Ao longo da narrativa, o leitor acompanha o doloroso e por vezes hilariante crescimento da personagem.

Este livro foi um sucesso nos bancos da minha antiga escola secundária, eu e o Gonçalo que o digamos! Talvez todos tivessemos um pouco de Solitão em nós próprios. Ainda bem que o fenómeno da leitura não nos era alheio, nem que fossem livros cujos títulos fossem "Orgasmos de Elite", "Polvos numa Garagem", "Zero à Esquerda", "Fernando Pessoa Vs Homem-Aranha", ou, à maneira do Solitão, "A Bola", cortesia do nosso César Catapeta!
Após tantos anos, quase dez, não conheço ninguém que tenha ficado indiferente à leitura desta obra que, certamente, poderia ser uma mais-valia, na promoção da leitura entre os mais novos, ou até mesmo entre os "cotas".

1 comentário:

G. Mendes disse...

Meu querido amigo, este não é um livro. Trata-se de uma "obra literária" que em muito contribui para o gosto da leitura e escrita por parte dos nossos jovens.

O que é certo´, é que este livro nos leva para todos os cantos da nossa imaginação e nos liberta da primeira imagem literária:
"Quantas páginas tem? Aí! 300, isso é BUÉ!!