domingo, dezembro 10, 2006

A história do Galo que se tornou Couve



Era uma vez um galo que, apesar de ser bom artista, excelente cantor de world music, dado aos petiscos e ao bom sol que atrai os turistas, decidiu ser uma couve, subsidiada, a fundo perdido, por os grandes vegetais da Europa. E foi assim, há 20 anos atrás, que, este galo, maltês, vadio, de bota rota e voz rouca, se tornou couve de Bruxelas num cozido em que, de vez em quando, lá tem de mamar com o chouriço no meio das suas folhas para dar sabor.
Mas nem tudo é sacrifício! Esta couve muitas vezes azeda o caldo, corrompe o paladar, desviando os subsídios para comprar caldos "knorr" (passo publicidade), para ir acompanhar outras iguarias em cozinhados que deveriam ser servidos na prisão ou a dirigentes desportivos. Há chefs que aconselham que esta couve seja única e exclusivamente cozinhadas à semelhança das batatas da Irlanda, isto é, "a murro". Está provado que a longo prazo apura o sabor, evitando a perversão dos manuais de cozinha!

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