É com profunda tristeza que me chega de Évora a notícia do
adeus ao Mestre Joaquim Soares. Tenho a voz embargada, como fiquei as poucas vezes
que com ele cantei, pela beleza do “cante”, a fidelidade à terra e o
reconhecimento ao homem.
No “Cancioneiro Popular Alentejano”, na moda “Vou-me embora
p’ra Lisboa”, os últimos dois versos são “Chora por mim, que eu choro por ti / Já
deixei o Alentejo”. Foi um privilégio tê-lo conhecido. Jamais esquecerei o seu
canto e sei que, apesar de hoje se chorar uma travessia do Tejo definitiva, a sua
memória continuará a celebrar o património da nossa terra, do nosso Alentejo.
Mestre Joaquim, por onde quer que andemos, o nosso cantar
fará sempre pontes…
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