Esta terra tem este nome, segundo me foi explicado, porque aqui se "pousava" o gado para descansar por esses caminhos da "trashumancia". Havia sombra de pinheiros e camalhos de caruma. O pastor, talvez nas horas livres resineiro, socorria-se do pinhão para alimentar as horas de pé, a caminhar ao lado dos animais.
O vento está em alerta significativo, laranja parece-me que ouvi na rádio, agita as árvores altas e recolhe os habitantes da freguesia a casa. Estou com eles, num santuário caseiro dedicado ao glorioso SLB do meu amigo Nuno. Partilhamos um trago de aguardente velha, um café digestivo e pousamos as nossas vidas na simplicidade do ser. Os livros para que me possam valer têm de ser muitas vezes o que são. Papéis pintados com tinta pousados na estante e distantes dos verdadeiros instantes do homem que alberga o poeta.
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