Se pudéssemos recordar o primeiro som captado pelos nossos ouvidos, seria o ritmo cardíaco das nossas mães. Só depois se elaborariam outras melodias, compassos, vozes, ruídos para o discernimento do nosso sentido da audição.
O coração late com um ritmo primário, fácil de identificar e reproduzir, porém carregado de vida e emoção. O mesmo se passa com a arte discriminada como popular. É prosaica, identificada com a maioria, emulada e aproveitada, mas símbolo da vida e, sem dúvida, emotiva. Bem perto do coração (um lugar agradável, chamem-me lamechas...).
Quando o ritmo começa a entrar em caminhos pautados por outras composições melódicas, intelectualizadas e trabalhadas mais além do primário e instintivo, a arte assume outra vertente, minoritária e, se assim a quisermos definir, formada e elitista
Coração e cabeça reagem de forma diferente aos estímulos, aos ritmos da existência. Haverá um melhor do que o outro? O politicamente correto não se molha com tomadas de posições que ponham a causa os intelectuais das praças públicas. É assim e sempre será.
Tal qual como os ritmos que aceitamos como nossos ou que queremos ouvir com prazer, só nosso e com mais alguém vindo por bem.
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