A semana terminou cansada, em casa, em rotinas de sábado e domingo de responsabilidades e algum lazer. Supermercado, alguns artigos de papelaria no Chinês e casa. O Xavier pôs o sono em dia, o Santiago andou quase todo o fim-de-semana de cuecas e nós estivemos a tratar de vários deveres domésticos e laborais intercalados com cinema passado na televisão.
Lá fora, o calor sufocante de agosto fez com que não nos custasse tanto a burocracia e contas do IVA, essa surreal tarefa da qual a Elsa trata com competência contabilística. Eu apenas dito números de contribuinte, confirmo valores e separo trimestres.
Não é um fim-de-semana de sonho, apesar de o termos passado ensonados, meio adormecidos e encafuados em casa. Escrevo por mim, até me soube bem. O imposto de valor acrescentado do meu tempo, possibilitou-me ver filmes agradáveis, despretensiosos, e rever uma ou outra obra de arte.
Rever filmes, reler livros, para mim, tem sido como regressar a um local agradável, de feliz experiência. Há algo de novo no prefixo «re» quando se tem curiosidade.
Não sei quantos fins-de-semana já teve a minha vida. Se me agarrasse a um calendário, e usasse a calculadora Casio que usámos para os somatórios e percentagens de IVA, talvez averiguasse um número inútil, como quase todos os números que não dão o mais mínimo sentido aritmético ao que sou.
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