Até na minha geração vivo uma espécie de fronteira, não entre dois países, mas um limbo entre a inteligência da massa cinzenta e a inteligência artificial. Dizem por aí os sociólogos que a minha geração,
ora «rasca», ora «à rasca», se pode orgulhar de ficar para a história da
humanidade como os últimos exemplares de uma espécie condenada: o "Homo Sapiens
Pré-Web". Justificam isto com as nossas infâncias analógicas e definem-nos como
pessimistas e dados a nostalgias.
Como dou bastante importância a estes
estudos geracionais, ponho-me a pensar e dou-lhes razão tendo em conta as repercussões
evidentes na minha vida. É verdade, antes ia sempre acompanhado à casa de banho
por uma revista, uma bd, até por uma enciclopédia. Hoje vou de smartphone na
mão e não é preciso procurar por ordem alfabética na Wikipédia. Dizem eles que é a evolução, mas só consigo pensar que, num WC, papel é
sempre papel...
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