quinta-feira, dezembro 21, 2006

Estreia "20,13" de Joaquim Leitão

Sinopse:
"Norte de Moçambique, 24 de Dezembro de 1969. Uma patrulha percorre a picada, de regresso ao aquartelamento, trazendo um prisioneiro. Percebe-se que estão fatigados, que avançam sob um calor sufocante, mas apesar disso, estudam o passo. E não é só por causa do perigo que estão ansiosos por voltar ao quartel, é também porque não é um dia qualquer: estamos nas vésperas de Natal e há festividades em perspectiva. Para que não se sintam tanto as saudades. Uma farra, para iludir a tristeza de estar longe e, por umas horas, tentar esquecer a guerra, "contando" com a trégua tácita, normalmente respeitada no dia de Natal. Mas, desta vez, não será um dia tranquilo. E os primeiros sinais de tensão têm pouco a ver com a guerra. São conflitos privados, que começam com a chegada de um helicóptero, onde, além do capelão que vem celebrar a missa de Natal, vem também uma mulher, a esposa do Capitão. Uma mulher atraente, com uma personalidade forte, e com uma relação muito complicada com o marido. E a quem o Alferes não consegue ficar indiferente, Mas todos fazem um esforço para manter as aparências. Para não estragar a noite de Natal. Que se transforma num pesadelo, pouco depois de começarem as festividades. O prisioneiro é encontrado morto na sua cela. Assassinado. Não se sabe porquê, nem por quem. Depois, subitamente, a escuridão é rompida por uma sucessão de explosões. Em vez da esperada trégua, o quartel é alvo de um ataque violento e prolongado. Durante essa noite, a violência da guerra cruzar-se-á com a violência das paixões, e a coragem para desafiar a morte, com o medo para enfrentar a vida.
E alguns segredos não resistirão ao nascer do dia".
in IOL cinema

quarta-feira, dezembro 20, 2006

"Gaiola Aberta", a MAD portuguesa ou uma "gaiola de malucos"...

Relíquias como estas são difíceis de encontrar, principalmente editadas cerca de um mês depois do 25 de Abril. A sorte é que existem alfarrabistas e feiras de velharias!
"Gaiola Aberta" intitulava-se "revista quinzenal de mau-humor e maldizer" e abordava de tudo um pouco: cartoons (e não fosse José Vilhena o director), quase "hardcore"; bandas desenhadas; fotonovelas; poesia (só lida!); inquéritos (sabe-se lá para quê) e, sempre importante numa publicação do pós-revolução, "gajas nuas"!
Interessante é ver que são os resistentes ainda hoje. Dos quatro das capas, só cá temos o "Marinho", ainda para "as curvas"!
Sem dúvida, temos obras para reflexão histórica! Notem só este diálogo da fotonovela "Boletim PIDE":
- Perdoa, querida, não foi por mal. Vamos fazer as pazes na cama.
- No estado em que eu estou, porcalhão? Era o que mais faltava!...
Ao pé destas edições do Vilhena, a “MAD” americana e “El Jueves” espanhol são revistas para bebés!

Porque não a natureza no seu melhor?!


Eis um conjunto de fotografias em natureza, da autoria de Luca Cavallari, fotógrafo italiano com um arquivo fotográfico muito bom disponível no YouTube.

"If God Was One of Us" - Joan Osbourne


Este é um daqueles posts a que se pode fazer a analogia com "one hit only". Quase toda a gente conhece esta canção, ouviu-a dezenas de vezes na rádio, como banda sonora de um filme, ou, simplesmente como um "spot" comercial, no entanto, não fazem ideia quem é a intérprete. Eu sou um deles. Sei o seu nome, gosto bastante da canção "pop" bastante interessante e melodiosa, todavia não conheço mais nada da carreira desta cantora, que, quem sabe, nem sequer vingou no mundo da música.

"If God had a name, what would it be
And would you call it to his face
If you were faced with him in all his glory
What would you ask if you had just one question

And yeah yeah God is great yeah yeah God is good
yeah yeah yeah yeah yeah

What if God was one of us
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make his way home

If God had a face what would it look like
And would you want to see
If seeing meant that you would have to believe
In things like heaven and in jesus and the saints and all the prophets

And yeah yeah god is great yeah yeah god is good
yeah yeah yeah yeah yeah

What if God was one of us
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make his way home
He's trying to make his way home
Back up to heaven all alone
Nobody calling on the phone
Except for the pope maybe in rome

And yeah yeah God is great yeah yeah God is good
yeah yeah yeah yeah yeah

What if god was one of us"

terça-feira, dezembro 19, 2006

Personalidades do ano segundo a Time Magazine


A revista Time este ano decidiu ser original e elegeu todos os cibernautas como as personalidades dos ano. Eu, como vários milhões por esse mundo fora somos este ano as figuras segunda a revista. Vale a pena ter em conta essa consideração uma vez que a world wide web revolucionou os nossos pensamentos e as nossas vivências do dia-a-dia. Muitos de nós já não conseguem viver sem ela... São os mail's, os blogs, a possibilidade de efectuar compras, consultar um vasto mundo de conhecimento, estar sempre informado a toda a hora, o e-learning, o hi5, o messanger, as mensagens gratuitas, o entretenimento, a reserva de hoteís e de viagens, para os malandros a pornografia (quem diz que não vê, então mente) , enfim um mundo de ideias e de imaginação à distância de um clic. Porém a Net também é perigosa se não for bem utilizada (por isso é que sugeri o filme "Hard Candy").
A todos os cibernautas muitos parabéns e que esta rede nos aproxime apesar de todas as distâncias que nos separam!

Volver - Carlos Gardel


Estou a trabalhar e a ouvir o maior expoente do Tango Argentino – Carlos Gardel. Pedro Almodóvar, com a ajuda de Estrella Morente, voltou a celebrizar esta canção para os ouvidos mais jovens. Ambas são boas versões, mas aconselho sempre ouvir o original. Dá gosto sentir a evolução das sonoridades.
Gardel não podia ser mais controverso, apesar da sua curta vida sempre se especulou se seria uruguaio ou frnacês, para não falar da sua orientação sexual que em nada afectou na divulagação do tango, com voz sensual e dotada para a “milonga” (género inerente ao tango), em toda a América Latina.


Yo adivino el parpadeo
de las luces que a lo lejos
van marcando mi retorno...
Son las mismas que alumbraron
con sus pálidos reflejos
hondas horas de dolor..

Y aunque no quise el regreso,
siempre se vuelve al primer amor..
La vieja calle donde el eco dijo
tuya es su vida, tuyo es su querer,
bajo el burlón mirar de las estrellas
que con indiferencia hoy me ven volver...

Volver... con la frente marchita,
las nieves del tiempo blanquearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
que veinte años no es nada,
que febril la mirada, errante en las sombras,
te busca y te nombra.
Vivir... con el alma aferrada
a un dulce recuerdo
que lloro otra vez...

Tengo miedo del encuentro
con el pasado que vuelve
a enfrentarse con mi vida...
Tengo miedo de las noches
que pobladas de recuerdos
encadenan mi soñar...

Pero el viajero que huye
tarde o temprano detiene su andar...
Y aunque el olvido, que todo destruye,
haya matado mi vieja ilusión,
guardo escondida una esperanza humilde
que es toda la fortuna de mi corazón.

Para pensar...


Foto enviada por a colaboradora e amiga Vanda Barnabé. Sem dúvida para reflectir, mesmo que, por ironia do que circula na web, seja uma montagem.

Pequenos Prazeres - "Migas Gatas"

Hoje vou comer umas belas "Migas Gatas", feitas, na perfeição, pelo meu pai que ainda guarda os segredos da cozinha tradicional alentejana. Este prato, oriundo do Norte Alentejo, é uma delícia que convida um bom vinho e, se possível, uma boa sesta. As migas são um prato típico do "desenrasca", podendo ser feito com vários ingredientes e acompanhantes (na imagem "Migas à Alentejana", com carne de porco frita).
Eis um pequeno prazer, aproveitemo-lo.

Ingredientes:
• Uma cabeça de alho
• Uma posta de Bacalhau
• Pão Caseiro (duro)
• Sal q.b.
• Azeite

Preparação:
Coza a posta de bacalhau depois de previamente demolhada. Enquanto isso descasque o alho e pique-o, corte o pão em pequenas fatias, muito finas.
Coloque o pão já cortado numa tigela grande ou numa terrina, desfie o bacalhau e coloque em cima do pão, assim como alho já picado, o sal (a gosto) e o azeite, depois regue tudo com a água do bacalhau ainda a ferver. Com a colher de pau, envolva tudo muito bem, para que o pão fique bem ensopado.

Os "POW" portugueses... na Índia

O que é o conceito inglês "POW"? Muitos de vós sabeis que é o acrónimo de "prisioners of war". E a que propósito vem este acrónimo ligado aos portugueses e à Índia?
Simples e esquecido pela história. No final dos anos 60, Portugal estava embrenhado naquilo que ficou conhecido como a guerra colonial e, na óptica de defesa dos territórios, havia militares portugueses espalhados pelos vários pontos de "pseudo-império", Goa, Damão e Diu, incluídas, apesar de apenas pensarmos, regra geral, que o conflito se resumiu a territórios em África.
Aquando da tomada dos territórios por parte da União Indiana, os militares portugueses ficaram detidos em campos de prisioneiros, com arame farpado à volta, por mais de 5 meses. Poder-se-á pensar que o problema era do lado da União, no entanto, estes jovens soldados portugueses estavam presos devido à falta de iniciativa por parte do governo de Lisboa que, inclusive, proibiu o repatriamento.
Muitos destes soldados voltaram à metrópole como proscritos, pois presenciaram o inevitável numa altura em que a propaganda colonialista não podia ser contradita.
Muito mais há a dizer sobre este assunto, e, principalmente, fazer justiça histórica para com os mortos e sobreviventes, como foi a tentativa do documentário ontem emitido na 2.
Em 2000, o então ministro da defesa português, continua a desmentir o passado e hoje caminha-se para o esquecimento. É assim a história recente portuguesa.

The Straight Story


Richard Farnsworth, neste encantador e humano filme de David Lynch, interpreta a personagem real Alvin Straight, que, no declínio da suas capacidades físicas devido à idade, decide empreender uma viagem de reconciliação com o seu irmão e, num sentido mais lato, com o mundo que o rodeou. Peculiar é o meio de transporte disponível, um velho cortador de relva, ou mini-tractor, com um atrelado cheio de memórias e mágoas.
O filme não é recente, mas é certamente um bom momento que passamos em frente ao ecrã. Não é de admirar que a crítica tenha sido praticamente unânime.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Letters from Iwo Jima



Um jornalista do "Expresso" denominou-o "o último realizador clássico", evidenciando na sua obra um claro intertexto "fordiano". Apesar de não conhecer a obra, ainda não estreou na Europa, penso que a dimensão histórica e humana será a grande tónica desta película que, ao invés do anterior e antagónico, "Flags of our Fathers", aborda o ponto de vista nipónico daquela que foi uma das mais sangrentas batalhas da Segunda Guerra Mundial. Eastwood, apesar de clássico na estética, é um profundo observador da natureza humana com a óptica da "velha raposa". Fala-se que o realizador "mais duro" da história do cinema está a envelhecer mas arguto na produção. Eis um claro exemplo de que a idade é um posto e que a criatividade não tem limites geriátricos, Eastwood é um bom exemplo e faz questão de nos lembrar disso.

La Frontera - El Límite


Lembro-me desta banda a fazer um dueto, no início dos anos 90, com os GNR na canção "sangue oculto". Hoje estou a escrever ao som de "El límite". Eis uma recordação que a internet me permitiu revisitar. Boa Noite.

"Escucha bien, mi viejo amigo
no sé si recordarás
aquellos tiempos ahora perdidos
por las calles de esta ciudad
Leímos juntos libros prohibidos
Creímos que nada nos haría cambiar
Vivimos siempre esperando una señal
En el límite del bien (el límite del bien)
En el límite del mal (el límite del mal)
Te esperaré
en el límite del bien y del mal (BIS)
Es duro estar tan abatido
cuando no sientes el dolor
es como clavar un cuchillo
en lo más hondo del corazón
Escucha bien, mi viejo amigo
Nunca olvidé nuestra amistad
La vida es sólo un juego
en el que hay que apostar si quieres ganar
En el límite del bien (el límite del bien)
En el límite del mal (el límite del mal)
Te esperaré
en el límite del bien y del mal (BIS)
No es difícil encontrar
el paraíso en la oscuridad
La fortuna viene en un barco
sin rumbo ni capitán
Escucha bien, mi viejo amigo
si algún día nos volvemos a ver
sólo espero que todo sea como ayer
En el límite del bien (el límite del bien)
En el límite del mal (el límite del mal)
Te esperaré
en el límite del bien y del mal (BIS)"

domingo, dezembro 17, 2006

Mais imagens de 300...




300

Quando estudei História da Pedagogia e da Educação (uma cadeira que achei fascinante), recordo-me de ter um sentimento amor-ódio com o tipo de educação preconizado pela cidade-estado da antiguidade clássica, Esparta. A educação para a guerra e para a submissão ao totalitarismo do estado, nada que eu despreze mais, mas também o teor físico e marcial que poderá ser proveitoso na educação dos jovens. Perece uma contradição, mas não é. Principalmente para os estudiosos das filosofias marciais.
No entanto, não é sobre essa dicotomia, provocada por um sentimento que tenho perante a história, que quero reflectir. Frank Miller, conhecido autor de BD (com especial destaque para a série "Sin City"), elaborou uma obra da nona arte baseada num acontecimento da antiguidade que é uma mostra de heroísmo guerreiro e estratégia militar. Trata-se de uma adaptação, de extrema qualidade, da batalha de Termópilas. Esparta foi fundamental neste conflito, rezando a lenda que foram 300 espartanos que detiveram os avanços Persas sob o comando de Leónidas.
A "graphic novel", galardoada em vários festivais, é uma obra digna dos feitos da Antiguidade e, apesar de não me identificar com este tipo de organização educativa e estatal, perco-me na glória destes 300 guerreiros que a história não esqueceu.
Está para breve uma adaptação cinematográfica, pode ser que não se perca a essência da obra. Em Portugal está editada pela Norma Editorial, bem conhecida dos bedéfilos espanhóis.

Raindrops Keep Falling on My Head (better... window)


Raindrops keep fallin' on my head
And just like the guy whose feet are too big for his bed
Nothin' seems to fit
Those raindrops are fallin' on my head, they keep fallin'

So I just did me some talkin' to the sun
And I said I didn't like the way he got things done
Sleepin' on the job
Those raindrops are fallin' on my head, they keep fallin'

But there's one thing I know
The blues they send to meet me won't defeat me
It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'
Because I'm free
Nothin's worryin' me

It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'
Because I'm free
Nothin's worryin' me

Boa Semana!

Violência na estrada e Boas Festas


Já não é preciso escrever mais sobre as normas de conduta que se verificam nas estradas portuguesas, contudo não é de mais relembrar algumas advertências a ter... A sinistralidade em Portugal continua e nós, cidadãos portugueses, continuamos a ser deseducados quando nos sentamos ao volante. Não vou estar aqui a falar do código da estrada e a todas as regras que temos de obedecer, porém, especialmente uma, convém falar: falar ao telemóvel.
Pois é de todas as regras que não são cumpridas esta é de longe a que eu mais assisto. Caso eu fosse um regente pela lei e pela grei, se multasse os condutores que falam ao telemóvel, a 120 euros cada já podia dizer que me tinha saído o totoloto.
Para os que ainda teimam em falar ao telemóvel vou propôr-lhes um pequeno teste. Quando estiverem a conduzir façam uma contagem decrescente a partir de 100 de três em três. Vejam se passam no teste. Boa sorte caso consigam! O nosso cérebro não consegue processar dois raciocínios ao mesmo tempo. Verifiquem isso mesmo ao fazer outro teste, a saber: Sentados, desenhem círculos com a perna direita no sentido dos ponteiros do relógio, depois tentem com a mão direita escrver o número seis na atmosfera (isto é, descrever o seis).
Bom Natal e um próspero Ano Novo com muito cuidado na estrada.
Festas Felizes!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Shall not the Judge of all the earth do right? - Genesis, chapter 18, verse 25

Natal pela paz...


O Natal é considerado uma época de extrema hipocrisia, consumismo desenfreado e ralações baseadas quase que num capitalismo imperialista de marcas, marketing, franchising e todas essas merdas que nada nos influenciam na nossa ascendência de caçadores recolectores...
Todavia, apesar da hipocrisia desprezível, é para muitos (como eu) uma época mágica que nos remete para lembranças da infância e para sonhos de um mundo melhor. Reflicto acerca deste período como uma hipótese de, no meio de tanto materialismo, algumas pessoas fazerem uma boa acção, poderem, devido às circunstâncias, mostrar que são humanos, no fundo, no fundo...
Este vídeo junta as fotos de Sebastião Salgado à música de John Lennon e talvez nos ajude a pensar, durante todo o ano, que só por cá passamos uma vez e que poderemos deixar isto um pouco melhor do que o encontrámos...

terça-feira, dezembro 12, 2006

Hard Candy e "Eu, Carolina"

Aconselho a todos um magnífico filme: Hard Candy. Nem digo mais nada!

Também aconselho o livro da Carolina Salgado para leitura de sanita! Muito bom! Tem imensas partes humorísticas diversas. Li uns pequenos extractos pois pensei que os Gato Fedorento estavam a inventar aquilo tudo mas, de facto, é bem verdade! Fiquei impressionado!
Já li o livro num tempo recorde! A escrita é fácil de compreender mas o que vem lá escrito é difícil de entender. Se o que vem lá escrito for verdade então o país do mundo do futebol está mesmo podre. Como adepto do FCP não ponho as mãos no fogo pelo Pinto da Costa nem por nenhum outro elemento da SAD. Por incrível que pareça vou ver o jogo no próximo Domingo ao Dragão pois já tinha o bilhete comprado. Vou ver qual a reacção dos adeptos. Se as acusações forem verdadeiras então estamos perante uma grave falha judical no nosso país. Já nem sei o que dizer mais, apenas que a Carolina abusou no que diz respeito às estórias da vida privada que escreveu no livro.
Vou ao Dragão com a sensação que estou a contribuir não para ver um jogo de futebol mas para um jogo de matrecos!
Que se faça justiça eu acredito nela!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Retrato do trabalho publicado no Abrupto!

Amigos, perdoem o entusiasmo infantil, mas o Pacheco Pereira publicou uma foto tirada cá pelo "mangas" na rubrica "Retratos do Trabalho" do blog, mais lido de Portugal, "Abrupto". Não é nada de especial, mas retrata a pouca preocupação com a segurança na construção civil. Podem dar uma vista de olhos em http://abrupto.blogspot.com.

Liberdade

Parabéns Tiago!


Este post é dedicado ao meu primo Tiago por mais uma vitória académica! Como dizia o outro: "A sorte protege os audazes"! Um abraço!

domingo, dezembro 10, 2006

Pinochet morreu sem ser condenado



Baltazar Garzon, o juiz paladino dos direitos das vitimas, bem tentou... Pinochet morreu sem ser condenado. "A história mostra que os ditadores nunca acabam bem", disse o próprio, infelizmente este acabou muito tarde, dando tempo para muitas atrocidades.

Neste Natal, não te esqueças de reciclar!

Este Natal podemos ter em atenção alguns problemas ambientais que poderemos minimizar para que possamos passar neste planeta muitos mais Natais! É só um pouco de paciência e boa vontade (de preferência para o resto do ano também!).
Já agora, pessoal da tradição natalícia portuguesa, não se esqueçam que o "fiel amigo" está em vias de extinção. Optem por as postas de bacalhau grandes, pois reduz-se a hipótese de ser um peixe que ainda estava em desenvolvimento!

A história do Galo que se tornou Couve



Era uma vez um galo que, apesar de ser bom artista, excelente cantor de world music, dado aos petiscos e ao bom sol que atrai os turistas, decidiu ser uma couve, subsidiada, a fundo perdido, por os grandes vegetais da Europa. E foi assim, há 20 anos atrás, que, este galo, maltês, vadio, de bota rota e voz rouca, se tornou couve de Bruxelas num cozido em que, de vez em quando, lá tem de mamar com o chouriço no meio das suas folhas para dar sabor.
Mas nem tudo é sacrifício! Esta couve muitas vezes azeda o caldo, corrompe o paladar, desviando os subsídios para comprar caldos "knorr" (passo publicidade), para ir acompanhar outras iguarias em cozinhados que deveriam ser servidos na prisão ou a dirigentes desportivos. Há chefs que aconselham que esta couve seja única e exclusivamente cozinhadas à semelhança das batatas da Irlanda, isto é, "a murro". Está provado que a longo prazo apura o sabor, evitando a perversão dos manuais de cozinha!

sábado, dezembro 09, 2006

Novas configurações - Importante!


Amigos colaboradores dos "senderos", devido a "upgrades" no blogger, têm de actualizar a vossa conta para que possam continuar a participar neste nosso projecto! O processo é simples, sigam as instruções ou então vão a http://beta.blogger.com! Espero que actualizem as vossas contas no blogger pois este blog não poderá existir sem a vossa colaboração!

Clássicos em Banda Desenhada - Biblioteca RTP

Esta colecção em BD remonta a 1986, isto é tem vinte anos, quando se davam os primeiros pessoas na pesquisa da nona arte como recurso pedagógico. Só tive acesso a alguns exemplares desta colecção, que creio terem uma qualidade, ao nível do guião e dos desenhos, bastante aceitável, num bazar de livros manuseados mas em bastante bom estado.
Pegar em obras emblemáticas da literatura universal e adaptá-las à realidade de uma história em quadradinhos é análogo ao que se faz com a sétima arte, só que com menos mediatismo, no entanto é possível, principalmente em mercado editoriais de língua inglesa e francesa, aceder a este tipo de obras e, quem sabe, abordar temáticas por vezes aborrecidas na literatura convencional de uma forma interessante e quase coloquial...
Quem tem contacto permanente com os mais jovens pode aproveitar este recurso simples e tentar incentivar para a leitura, despertando a curiosidade e utilizando o livro de forma activa. É possível, nesta colecção, encontrar adaptações de obras como: "Ivanhoe", "White Fang", "War of Worlds", "Tom Sawyer", "Moby Dick", "Lord Jim" e muitos outros. É também possível, em todos os exemplares, utilizar sugestões para exercícios de interpretação, com perguntas bem redigidas e um pequeno anexo com léxico pertinente na obra e no contexto da língua portuguesa.
Durante alguns anos a RTP, prestou este tipo de serviço, apadrinhando inúmeras colecções de índole cultural. Quanto a mim, um verdadeiro contributo ao serviço público que um canal de televisão estatal deve prestar.

Um olhar feminino pelos meandros do Boxe...

Há já algum tempo que não lia nada ligado ao mundo do boxe, que tanto me fascina, até há pouco ter encontrado numa feira do livro um abra deveras interessante. Para Joyce Carol Oates, neste ensaio peculiar dá-nos a possibilidade de olhar através da perspectiva feminina, profundamente informada, sobre o mundo do pugilismo e as estranhas personagens que nele habitam.
Com mais de 20 anos, sem nenhuma "Million Dollar Baby" no horizonte, esta obra mostra ao leitor a complexidade desta manifestação tida como exclusivamente masculina.
Lê-se numa noite. Por ironia tive de a ler à luz da lanterna, como nos tempos de infância em que lia às escondidas após a hora de deitar...

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Bons Exemplos

Nos tempos que decorrem, infelizmente, passamos o tempo a ouvir e a criticar o governo e as autarquias pelas suas politicas, obras, etc.
Contudo, devemos também louvar os bons exemplos e traze-los à “Luz do Dia”, quem sabe alguém poderá ler este Post e ficar um pouco mais esclarecido.
Bem, toda esta conversa, porque gostaria de congratular a Câmara Municipal De Vila Viçosa. Passei por lá e consegui ver que esta autarquia tem nas suas equipas Pessoas Portadoras de Deficiências.


È de facto impressionante como numa autarquia de reduzidas dimensões estas pessoas realizam os mais diversos serviços.
Num dos museus mais emblemáticos, um dos guias é especial. Sim especial! Especial por ter oportunidade de desempenhar uma função com toda a dignidade e capacidade, de uma forma brilhante. O que o torna especial, é sem dúvida, o poder integrar os pequenos 18% de deficientes que trabalham neste país!
Um grande bem-haja a esta Câmara municipal

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Sunset Seagulls

"O sol esconde-se na bruma marítima
e eu, na ânsia de voar, rasgo os mapas dos velhos marinheiros..."

Quem sabe se um Coleridge farto do azar dos lobos dos mares e de rimas de marinheiros decrépitos...
Boa Noite.

"Lord of War" - Como vemos as armas?

Este fim-de-semana vi um filme protagonizado por um dos actores mais credíveis de Hollywood (Nicholas Cage) e nem sequer imaginava o conteúdo do post do meu amigo pacence Javier Figueiredo (http://javierfigueiredo.blogspot.com) , que subscrevo na íntegra. De facto, as ditas armas ligeiras matam mais e, provavelmente, serão um problema mais difícil de resolver do que as apelidadas "nukes" (armas nucleares). Note-se, no genérico de abertura o genial, e verdadeiro, trajecto de uma bala, como só a sétima arte consegue retratar.
Este problema não aflige só o terceiro mundo, as suas guerras civis e favelas, atinge todos os seres humanos. Eu tenho uma posição muito peculiar no que diz respeito a este assunto, acredito que todos (cidadãos responsáveis e com estrutura mental) devem saber o que faz uma arma de fogo, inclusive, sob supervisão de alguém credível e especializado, fazer um disparo, para que, de uma vez por todas, acabemos com esse fascínio mórbido e aprendamos a respeitar uma arma e a desprezar os efeitos (a todos os níveis) que pode ter numa pessoa.
Esta postura é discutível, falível, principalmente quando nos lembramos de situações mediáticas como “Columbine”, mas, em Portugal, há 3 anos, uma mãe deu um revólver a uma criança para que esta comesse a sopa. Resultado: uma mãe, com estrutura mental duvidosa, baleada pelo próprio filho. Fruto do quê? Aqui não há guerras civis, há ignorância, violência gratuita influenciada pelos media desta sociedade, e, algo que pode ser muito perigoso nos mais novos, sujeitos a todos os tipos de influência: "curiosity killed the cat". Isto aplica-se a crianças e a crianças mais velhas, mais difíceis de controlar, que dão pelo nome de adultos.
Por mim, erradicava esses objectos da face da terra, mas enquanto não é possível talvez o melhor é aprendermos a respeitar esse objecto que não sabemos controlar. Quando conhecemos o inimigo conseguimos proteger-nos melhor, mesmo assim, nem sempre.

domingo, dezembro 03, 2006

Outra de ortografia

Desta vez saiu do blogue "Caipirinha, samba e publicidade pra caramba", de Hugo Veiga, um bonitão do Porto que está a trabalhar em São Paulo como publicitário. Eu gosto muito deste blogue porque me lembra muito do tempo que morei no Brasil.

O blogue tem post tão engraçados como este (dedicado a Luis Pinto por lo que luego se verá):

"Caralho de Ouro" (Post com linguagem considerada ofensiva)


No meu primeiro dia na Ogilvy, quarta-feira, fui recebido pela Adriana Cury, Directora Criativa e Vice-presidente do Clube de Criação de São Paulo. Perto dela, senti-me pequenino, bem mais que os buracos das tomadas brasileiras. Ela recebeu-me muito bem, muito simpática, muito atenciosa. Chamou a outra Directora Criativa, Ana Quattro e as duas começaram a ver o portfolio (pasta como se chama aqui). Fiz a minha apresentação utilizando o material do Professor Carago: o cartão de visita, o Livro "Professor Carago Vida e Obra" e o cd da "Mediateca Professor Carago". Elas fartavam de se rir, dizendo que no Brasil não se diz Carago, "É Caralho Mesmo" pelo que passaria a ser o "Professor Caralho". Para piorar as coisas, a Adriana começou a ler o pequeno livro que acompanha os filmes encontrando a informação de que o Professor Carago ganhou o prémio Pinto de Ouro da Escola Superior de Comunicação Social. Ora aqui no Brasil, usa-se o termo pinto para designar… caralho. Nem mais. Agora imaginem elas a rirem-se por estarem diante do Professor Carago, vencedor de Caralhos de Ouro. Depois disto saí da sala com a Adriana e esta apresentou-me pessoalmente a agência, do departamento criativo, que fica no 4º piso, ao restaurante do 1º piso. E claro, apresentava-me como Professor Carago, vencedor de dois Caralhos de Ouro. Eu só pensava "que caralho" J.


sexta-feira, dezembro 01, 2006

El Gaucho (Énio, onde andas?)


Com argumento de Hugo Pratt, após da publicação de a notável bd "Um Verão Índio", Manara retoma a parceria em "El Gaucho". A história, verosímil como é apanágio das pesquisas exaustivas de Pratt, dilui-se num traço repleto de erotismo em que a mulher é retratada, quase, digo eu que não tenho conhecimentos técnicos a este nível, à boa maneira do renascimento.
Uma obra cujo argumento nos faz querer saber um pouco mais sobre a história da Argentina, Espanha e Reino Unido neste período marcante do século XVIII. A destacar a multiculturalidade desta obra, em que valores interessantes e experiências marcantes ecoam de personagens com origens tão distintas como Irlanda, Escócia, Inglaterra, Espanha, Argentina, Paraguai...
Ao ler e a fruir as imagens, recordava-me com frequência do meu amigo "gaucho" Énio que tanto me despertou a curiosidade destas fronteiras e realidades que ele tão bem conhece... como diz um compatriota seu: "Aquele Abraço".

António Gedeão «Poema do gato»













"Quem há-de abrir a porta ao gato
quando eu morrer?
Sempre que pode
foge prá rua,
cheira o passeio
e volta pra trás,
mas ao defrontar-se com a porta fechada
(pobre do gato!)
mia com raiva
desesperada.
Deixo-o sofrer
que o sofrimento tem sua paga,
e ele bem sabe.
Quando abro a porta corre pra mim
como acorre a mulher aos braços do amante.
Pego-lhe ao colo e acaricio-o
num gesto lento,
vagarosamente,
do alto da cabeça até ao fim da cauda.
Ele olha-me e sorri, com os bigodes eróticos,
olhos semi-cerrados, em êxtase,
ronronando.
Repito a festa,
vagarosamente.
do alto da cabeça até ao fim da cauda.
Ele aperta as maxilas,
cerra os olhos,
abre as narinas.
e rosna.
Rosna, deliquescente,
abraça-me
e adormece.
Eu não tenho gato, mas se o tivesse
quem lhe abriria a porta quando eu morresse?"

quinta-feira, novembro 30, 2006

Luis está já de pé?

Luis, te echamos de menos por estos lados, y queremos verte con tus dos patitas de pie, como siempre. Te enviamos un recuerdo de tu magnífica intervención en las Jornadas de Badajoz y un gran abrazo.

APPEX

domingo, novembro 26, 2006

A Sida


Mais uma vez a dois vai exibir durante esta semana às 00:30h um documentário excepcional sobre uma das maiores pandemias que ocorreu no século XX, a SIDA. Não vou estar aqui a explicar o mecanismo de funcionamento do vírus nem tão pouco as prevenções que terão de se ter. Penso que os documentários irão falar por si sós. Nos dias de hoje ainda não há uma cura eficaz para o problema e o continente africano é o que mais sofre com esta doença. A SIDA foi descoberta muito tardiamente só para dar um exemplo, quando nos Estado Unidos sinalizaram a doença já 250000 pessoas estavam infectadas. Este é um problema que nos afecta a todos e temos de ter consciência que vivemos em sociedade. Espero que estes documentários nos possam servir de algum modo como uma lição de vida.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Fort Wheeling



Neste Novembro chuvoso, sugiro uma leitura que muito me agrada. "Fort Wheeling" do mestre Hugo Pratt. Obra ímpar da nona arte, remete o leitor para o século XVIII, para uma América de pioneiro, nativos, colonos insatisfeitos com a coroa britânica e ingleses desajustados com a realidade colonial no que viria a ser os EUA e Canadá. Mas, para além da lição de história, óbvia e bem típica da recolha e documentação exaustiva por parte do autor, é uma obra que nos remete para o conceito esquecido da camaradagem, que não é quebrada por fileiras opostas.
Eis uma sugestão que creio que pode ocupar um lugar cativo nas nossas bibliotecas pessoais (é de aproveitar os preços especiais de 5€ cada tomo, Edições ASA em capa dura, o que é uma pechincha para o livro em questão!). Perdoem a publicidade, mas acho que vale a pena!
Bom fim-de-semana!

terça-feira, novembro 21, 2006

A banca portuguesa

Bem à moda de Portugal encontramos um dos maiores lobbies que existe no nosso país: a banca. Vi com bastante interesse o debate nos "Prós e Contras" sobre se, de facto, a banca portuguesa é ou não honesta com os portugueses. A resposta é claramente, não e não! Por dois motivos que eu destaco:

  • Em Portugal não há concorrência entre os diversos bancos. Todos se lambem uns aos outros. Os contratos são todos com dezenas de páginas com letras miudinhas que só se vêem ao microscópio. As cláusulas têm um português recambulesco que mais parece da Idade Média.
  • Na altura de fazer um contrato de crédito à habitação tem de se ter muito cuidado com o spread (a taxa de lucro do banco) e além disso verificar os arredondamentos que estão a realizar. Mais, para os bancos pagar o ano tem 360 dias, enquanto para receber o ano tem 365 dias.
  • Ainda gostava de referir o regime de cláusulas gerais que o Garcia Pereira referiu, e bem, no debate, porém não entendi lá muito bem e não quero estar aqui a escrever erradamente.

Bom, a banca em Portugal é muito e muito recambulesca e como se viu ontem no debate o Presidente da Associação de Bancos, Dr. João Salgueiro, mais o pau mandado do Paulo Teixeira Pinto, o presidente do Conselho de Administração do Millenium BCP, nem argumentos tiveram para Garcia Pereira. Gostei imenso de ouvir o líder do PCTP/MRPP. Falta lá na Assembleia da República! Desmascarou aqueles tristes por completo!

Vamos lá a ver se entenderam, o problema centrou-se muito de volta dos arredondamentos. O problema é que os bancos fazem os arredondamentos das prestações à maneira deles. Vejamos um exemplo, se a renda é de 345,67 € este valor deveria estar arredondado à terceira casa decimal ( não sei se já repararam como aparece nas gasolineiras), isto é, 345,66x€(o valor da terceira casa deveria ser x>=5) para que o arredondamento seja por excesso!. O facto é que os bancos não cobram os créditos nesta taxa, isto é, em vez de 345,667€, por exemplo, fazem 345,67€. Se foi bem isto que eu entendi, então os bancos têm de ter enormes lucros!

Com este novo decreto os bancos não vão poder passar a arredondar mas será que os portugueses vão receber os retroactivos do que já pagaram? Pelo que me pareceu ontem só se formos para tribunal! A banca é mesmo cínica.

Mais, quando se amortiza um crédito (nem que sejam 5000€) têm de se ter cuidado com as penalizações que chegam a atingir os 5%!

Agora que vem aí nova legislação fiquem atentos! Consultem o site da DECO para se informarem melhor! Por falar em legislação o Secretário de Estado do comércio e da concorrência não apreciou lá muito o discurso da banca e para além deste decreto ainda vão aparecer mais.

Eu não deveria estar aqui a falar de bancos que a merda é toda igual mas para mim o BES e o BCP são os que cobram mais comissões!

Só mais uma nota. O Dr. João Salgueiro afirmou no final do debate que, e passo a citar: "...A banca portuguesa ofereceu casa a milhares de portugueses..." Eu pergunto, "ofereceu"? Foda-se, a banca oferece alguma coisa? Uma casa paga a prestações fica pelo dobro!

Peço desculpa por usar algum tipo de linguagem menos própria mas com ferros se mata com ferros se morre!

Abraços!

sábado, novembro 18, 2006

Os EUA também têm sentido crítico


Devido à minha formação académica, o mundo anglófono sempre me fascinou e é determinante para a forma como concebo o mundo e o fenómeno da globalização.
Algumas tendências políticas, ou mesmo intelectuais, concebem o povo norte-americano, e todas as suas manifestações, como algo mediocre e despido de sentido crítico. Penso que nada poderia ser mais injusto, não se pode compararar um Arnold "Terminator" da Califórnia, um Rumsfeld, a um Al Gore, a um Michael Moore, a um Woody Allen, ou, simplesmente, ao cidadão anónimo, de um estado qualquer (como por exemplo o de Nova Iorque), que acredita na liberdade e que sabe que o mundo tem mais história que os 300 anos da sua pátria...
É nesta linha de pensamento que vos remeto para a revista humorística, dedicada aos comics e aos cartoons, MAD que, com artigos corrosivos e hilariantes, analisa a sociedade do "Uncle Sam" com a tradição de irreverência que a caracteriza. Em anexo está a capa do exemplar de Novembro que creio ser bastante sugestiva (já li e recomendo). Agora resta-me aguardar a visualização do documentário "An Inconvenient Truth" do ex-vicepresidente Al Gore, segundo consta uma obra polémica que não trata nada que um cidadão consciente e preocupado com o ambiente não saiba.

Be afraid... be very afraid...


Cortesia do amigo Jacques Songy.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Caminhar por novos senderos

Obrigado pelo convite e recebe os meus desejos para que o pé tenha tanta saúde como parece ter a tua cabeça.

De certeza não estarei ao nivel literário que aqui têm os bloguers ou blogueiros. Vou começar por dizer que nunca gostei desse proverbio espanhol "Que tu mano derecha no sepa lo que hace tu mano izquierda": É mesmo apologia da falta de ética.

Tentarei "ter mão esquerda" e não esquecer que o coração também fica nesse lado.

Onde os senderos?

Quadro do meu amigo José Manuel Paulete

terça-feira, novembro 14, 2006

O aqueduto de Valencia de Alcántara


Estava a entardecer quando o meu amigo Javi tirou esta fotografia ao aqueduto de Valencia de Alcántara. Ao longe adormecia Marvão, num fim de tarde em boa companhia…

Eu conheço um país... (cortesia da amiga Mª Antónia)

"Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.
E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.
E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que “bateu” em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive – Portugal.
Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d’Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.
E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos.
É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.
Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos – e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos? "
Nicolau Santos, Director Adjunto do Jornal Expresso – Ín Revista Exportar

segunda-feira, novembro 13, 2006

O Verão de S. Martinho...


Há algum tempo que não pegava na minha máquina fotográfica e deambulava pelos ângulos inesperados da dimensão humana. Confesso que sentia saudades e, como ainda tenho a "pata chula", aproveitei o descanso que S. Pedro nos deu (com a cunha de S. Martinho, e não estivéssemos em Portugal) para apanhar um pouco de sol e ar em terras de S. Pedro de Moel.
É interessante como podemos ter tudo não tendo quase nada (já diz o Jorge Palma), parece paradoxal, mas foi um prazer estar sentado num muro à beira-mar e contemplar um horizonte que se afigura sempre incerto e repleto de emoções tão distintas...
Como gostava de, à boa maneira de Pessoa, "ser tudo e toda a gente"! Olhar através da óptica contemplativa de quem espera o mar, sentir a ternura do avô que revive a sua infância na companhia do neto, ou o pôr-do-sol apaixonado de um fim-de-semana que sabe a feriado... Enfim, ainda bem que S. Martinho era um gajo porreiro e partilhou a sua capa com o mendigo! Graças a ele, Deus prendou-nos com o “Verão dos Marmelos” (como também podem confirmar com a foto em anexo, devo dizer que eu tinha uma Sweat-Shirt e uma T-Shirt, mas esta senhora gosta mesmo destes 18ºC.)…

Auschwitz


Por vezes não há tempo para nada nem sequer para conversar entre as famílias à hora de jantar... quanto mais estar atento a bons documentários. Bem o que me traz aqui não é estar a fazer sobre o que cada um deve fazer ou deixar de fazer mas já que se trata de um blog idealizado pelo Luís cabe-me justificar o porquê deste post-title ou como lhe queiram chamar! Por vezes há certas frases que ficam na memória e não me posso esquecer (já lá vão os tempos do fordesq) uma das frases que o Luís referiu acerca da sua viagem que realizou à Polónia nomeadamente aos campos de concentração! (Luís se um dia lá voltares não te esqueças de dizer alguma coisa).
O Luís falava muito da viagem à Polónia e relatava o que viu como se a gente lá estivesse, recordo-me do modo como falou da sala que estava cheia de óculos, de sapatos ainda intactas até hoje . Devo confessar que aquela descrição me arrepiou solenemente! Porém uma das frases que mais me impressionou era o facto de que quem não acreditasse em Deus depois de sair de Auschwitz passaria a acreditar! Sim depois de sairmos dali Deus iria fazer parte de nós! Não se trata aqui de um Deus físico que vive nos céus ou que está por cima de nós a julgar-nos, não! Um Deus interior, um Deus da Humanidade!
Bom para poder ver esse Deus passa durante toda esta semana, por volta das 00:30h um documentário na dois (canal rtp) sobre Auschwitz entre outros assuntos relacionados com o tema. Uma parte da história que mudou muito o que é hoje o mundo. Vou assistir com bastante interesse aos cinco programas!

Abraços a todos!

domingo, novembro 12, 2006

Novo Livro sobre Salazar

Correndo o risco de me apelidarem de "Fascista", fica aqui a sugestão, o repto, de uma obra leterária Lusa de autoria de Felecia Cabrita, jornalista de investigação.

Para os mais distraidos, esta é a responsável pelo escandalo da Casa Pia, Massacres em África, entre outros. Assim sendo, devemos ter esta autora em conta como um exemplo sério de isenção e seriedade, ficando a sugestão deste seu último titulo de investigação.