Esta nota é escrita com cuidado para não ser iniciada com recurso ao calão.
Acabo de ver na televisão uma reportagem sobre uma mãe processada por um filho por esta lhe ter retirado o direito ao telemóvel. O ministério público pedia uma pena de 9 meses para a progenitora. O juiz afinal absolveu esta mãe mas não foi capaz de ressarcir a sociedade, e os jovens especialmente, dos efeitos negativos que se agigantam.
Há psicólogos a proporem aos pais para redigirem um contrato relativo aos direitos e deveres dos filhos, com cláusulas óbvias para os smartphones. Pedagogia. Sou a favor dela. Entendo-a. Estudo-a. Reconheço-lhe um estatuto fundamental desde a Antiguidade e aceito o matemático «mais infinito».
Mas ao ouvir esta recomendação, talvez o contexto em que foi feita, pensei na pedagogia do bom senso. Pena não haverem muitos artigos científicos sobre ela.
Se daqui a uns anos, alguém lê esta nota só espero ter um efeito pedagógico, o de não permitir que se idiotize quem o lê, lhe mostrar o receio de pensar se vamos perder muito mais tempo com estes direitos e deveres, que não têm em conta o discernimento e maturidade dum adulto responsável por educar, e não estar tudo fodido.
Desculpem lá, não me aguentei e falhei pedagogicamente ao recorrer a um palavrão.
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