Perante o óbvio da necessidade de reconhecimento diário e
não duma efeméride, como é o caso dos dias dos pais, dos avós, da mulher, da
poesia, etc., sempre penso nos níveis gerais de atenção dos miúdos, isto é,
entre 15 a 25 minutos. No caso da humanidade passa-se o mesmo, mas com dias,
anos, até mesmo séculos. Esse é o motivo
porque não me indigno nem polemizo. Alguns dias dou por eles e outros, como
tanta coisa, passam-me ao lado.
No caso do “Dia da Poesia”, efeméride de ontem, não lhe
dediquei muita atenção, porém tive o privilégio de, previamente, poder
colaborar na sua celebração através duma instituição amiga, fundamental nesta “rai(y)a”
como é a Biblioteca Pública de Elvas. Ali tenho duas coisas que me fascinam. Um
espólio riquíssimo de serviço público e uma sala, como a “Públia Hortência” (à
qual dedico este “Despojos de Alexandria”), que me fazem dar razão a Borges: “Siempre
imaginé que el Paraíso sería algún tipo de biblioteca.”.
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