Nestes dias, estamos reunidos para terminar o nosso projecto «Erasmus+» dedicado ao desenvolvimento sustentável. No meio da burocracia, redigida na língua-franca que é o inglês, já se sente um misto de tristeza e gratificação. Esta é a Europa humanista na qual acredito. Noruegueses, holandeses, portugueses, italianos e espanhóis a sentirem que, para além de fazerem parte das suas nações, fazem parte dum ideal, dum todo bem mais nobre que muitos nacionalismos agora outra vez na moda. O ideal duma vida mais equilibrada com o seu entorno, uma vida mais consciente e empática não apenas com o país no qual vive, mas sim com o mundo em que habita.
Tenho orgulho de fazer parte desta equipa, capitaneada pela minha colega norueguesa Mónica, uma autêntica «Valkiria» de bondade e profissionalismo. Neste barco todos se preocupam com todos. Rema-se com as secas da popa, com as inundações a estibordo, com a poluição marítima a bombordo ou com o degelo glaciar na proa. No meio de tanta papelada, até nem me sinto tão violentado pelo atavismo da burocracia, aceito-o como um mal-menor para a minha profissão e para os jovens que dela dependem.
Se valeu a pena? Ó se valeu! Esta é a grandeza do sonho europeu!
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