Sabes que te mentem como mentem a si mesmos. Forjam verdades convenientes e ignoram as marcas e imperfeições que ficam nesta espécie de metal com que fabricaste a armadura dos teus dias.
A veracidade do que te dizem até não é posta em causa. Entristece-te a intenção, a forma como te relegam para segundo plano porque não gostas de conversas e chatices que não te melhoram, que não melhoram nada nem ninguém. Mas sentes. Tentas não julgar. Acreditas que por aqui não andas para ajuizar. Tentas continuar a procurar a honestidade, cansativa, dos teus dias e educar os teus filhos com a moral do Pedro e do Lobo.
Escreves a tua verdade, ou a tua mentira inocente, esperando não ver gangrenado estes membros que fazem parte de ti, cuja tristeza de os veres atrofiados não se compara à tristeza de algum dia os veres amputados.
Sem comentários:
Enviar um comentário