segunda-feira, setembro 04, 2017

Quezilias e correntes de ar

Uma pessoa, por mim estimada, entrou em conflicto público, por assim dizer, com alguém que no passado a publicou. Esta quezilia teve lugar nas novas epístolas feitas comentários nas redes sociais. Dá-me pena ver como tudo se amplifica e chega a terceiros. Para além de nos levarmos demasiado a sério, começo a pensar um pouco como o Nuno Markl que, há relativamente pouco tempo, abandonou o Facebook, enunciando que o que por lá se escrevia lhe poderia passar factura à saúde.
No entanto vou resistindo com conta aberta, com algumas incursões e cada vez menos publicações. Porque é que não me «derrisco», como dizia a minha avó?
Ser invisível por opção atrai muitas vezes, tal como o pensamento «não tens necessidade de perder tempo com isto», mas não existir em rede é fechar portas desnecessariamente. Abramos a porta aos raios solares que trazem vida ao teu íntimo, esse amigo de longe, o escritor que partilha sábias palavras, a arte na sua transversalidade, as notícias da tua terra, da tua família, a sugestão e o evento digno de interesse por ser desinteressado. Se há que fechar, isolar, insonorizar ou, até mesmo, pôr trancas à porta, que seja aos vendavais de estupidez. Põe mesmo um chouriço na porta. Não te deixes constipar com correntes de ar indesejadas.

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