quarta-feira, dezembro 27, 2017

The Last Jedi

People think being remembered most for one character is a negative thing, but I don't. I never expected to be remembered for anything! - Mark Hamill

E 40 anos depois, aquele miúdo loiro de kimono ridículo de karaté, supera todos os grandes gurus da galáxia, recordando-me que «a força», radiosa e luminosa, como o azul dos seus olhos (marcados pela cicatriz dum acidente de percurso), tem tanto impacto na cultura popular como qualquer máscara ou capa negra de uma personagem com voz ofegante e distorcida.

Luke Skywalker, ou esse discreto actor chamado Mark Hamill, voltou para mostrar a todos os fãs do universo Star Wars que esta odisseia galáctica não é mais do que um autêntico conto de fadas, cujo irmão Grimm do século XX, George Lucas, levou a ser frequentemente confundido com pura ficção científica.

Mais, ou não, do mesmo, é-me indiferente. Ver mais um episódio desta saga é voltar a sentar-me como criança à frente do ecrã, sem mais pretensões que essa, ser uma criança à espera dum conto emocionante. 

Hoje, num ritual de sala de cinema, sentado ao lado do meu filho, foi muito fixe voltar a encontrar o Luke da minha infância. Enquanto a infância do meu filho se ri com os bips do BB8 e os fofinhos porgs, a minha já vai compreendendo as possíveis morais da história. Fico-me pela arrogância e prepotência daqueles que se apropriam da "força". Seja ela de que lado for.

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