As únicas artes cujo número sei que ocupam no “ranking” artístico são a 7ª (cinema) e a 9º (banda desenhada). Os suecos outorgaram hoje um Nobel da Literatura que pôs para aí os “ratings” das artes às avessas…
O D. Dinis que sabia trovar queixava-se que os provençais só o faziam no tempo da flor, já o trovador Bob Dylan fê-lo uma vida inteira sem ter medo de “bater a umas quantas portas”. As da eternidade escancarou-as em pleno século XX, hoje parece que foram as da instituição literária… O Martín Codax, o Nuno Fernandes Torneol, o Pero Meogo e até o Mendinho estão felizes com o galardão. A partir de agora vai ser mais fácil legitimar o estudo da lírica galaico-portuguesa na história da literatura.
Entretanto, a ver se não morre o Leonard Cohen, está mal de saúde, e com o “ranking” artístico assim vai ser difícil fazer-lhe o obituário.
Notícias de última hora: Desde o além, o Winston Churchill e o Sartre parece que se estão a marimbar para o assunto. Dizem que “o prémio vai ficar por aí e o estatuto de poeta, ou letrista, ou escritor, ou filósofo, ou o que quer que seja, vai continuar a soprar-se no vento. Chato mesmo é a morte do artista.”.
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