Nasceu o rio Lis junto
a uma serra
No mesmo dia em que
nasceu o Lena;
Mas com muita Paixão,
com muita pena
De o seu berço não ser
na mesma terra
Andando, andando
alegres, murmurantes,
Na mesma direcção
ambos corriam;
Neles bebendo, as aves
chilreantes
Contavam esse amor que
ambos sentiam.
Um dia já espigados,
já crescidos
Contrataram casar, de
amor perdidos
Num domingo, em Leiria
de mansinho…
Mas Lena, assim a modo
envergonhada
Do povo, foi casar
toda enfeitada
Com o Lis mais abaixo
um bocadinho
José Marques da
Cruz (1888-1958)
Painel decorativo «Lenda do Lis e Lena» (1,80 x 3,60m) da autoria de Augusto Mota
Sem comentários:
Enviar um comentário