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BANDEIRAS
Bandeiras, abrigos onde nações
cansadas, negras por falta de sonhos, bivacam,
bandeiras, enrugados lençóis de heróis,
bandeiras, deixem já de tapar-nos os olhos,
voltem para os vossos campos de algodão,
voltem para a Ásia.
Não sabem
que se aproxima a noite
e que se inquieta um tornado
de estrelas e lentejoulas?
Adam Zagajewski
(Traduzido da versão espanhola,
de Xavier Farré, por Luis Leal)
As bandeiras que
ostentamos, muitas vezes, tecem-se em locais longínquos, ocultos aos olhos
impedidos de estudarem história e geografia. Uma bandeira tanto se ergue em
conquista, como se estende num leito sem vida. Uma bandeira. Um pedaço de
tecido.
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