15/X/2017
(Noite da morte de D. Dinis)
E morres deitado por dentro
e ao lado dorme a vida
do homem do outrora apaixonado.
e ao lado dorme a vida
do homem do outrora apaixonado.
E morres a pensar que ressuscitas
cada dia útil à rotina
a escorrer lágrimas de glicerina.
cada dia útil à rotina
a escorrer lágrimas de glicerina.
E ocultas ao espelho o medo
do dedo indicador na ferida
não reconhecida.
E a tua vontade de carregar
no
detonador.
no
detonador.
A violência da explosão é a dor
implodida
a apodrecer numa merda
implodida
a apodrecer numa merda
aparente de vida
certa de morte
certa de morte
e indecisa se aceitará a salvação
que por estas bandas lhe foi
prometida.
que por estas bandas lhe foi
prometida.
O de lá
castigo ou recompensa
ninguém sabe.
Especula-se.
Filosofa-se.
Profecia-se.
O de cá
resume tanta coisa
certa como perdida.
certa como perdida.
Paixão
inútil
ardida.
Sartre filho da puta
militante.
Porque é que recordaste
o existencialismo da tua morte
ao artista humanista?
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