“A música, a poesia e a arte podem ser alternativas à energia negativa do mundo”
Os Sonic Youth, a espiritualidade, Trump, o papel da arte nestes estranhos tempos e o prazer da meia-idade. Aos 58 anos, Thurston Moore parece mais consciente de si e do que o rodeia do que nunca. No novo álbum experimenta novas estruturas para o formato canção e diz que é tempo de nos organizarmos.
Vítor Belanciano
28 de Abril de 2017
Diz que nunca se sentiu tão bem e quem somos nós para o contradizer? Os que continuam a associar a cultura rock aos ideais da juventude poderão estranhar. Quem cresceu a ouvir Sonic Youth poderá não perceber. E quem olha para o seu divórcio de Kim Gordon com azedume, seja porque romantizava essa relação ou porque ficou zangado por ter originado o fim dos Sonic Youth, poderá não perdoar-lhe. Mas ele não está nem aí.
Thurston Moore, 58 anos, músico, poeta, editor, improvisador, herói do rock alternativo, criador de tangentes entre cultura popular e radicalismo artístico, diz-nos que está num bom momento. “Vivi coisas fantásticas quando tinha 20 ou 30 anos e estou agradecido por isso, mas sinto que, enquanto artista e pessoa, encontrei nos últimos anos um ponto de equilíbrio mais satisfatório, sem que isso signifique menos inquietação pelo que me rodeia. Continuo a fazer o que mais gosto, com a paixão de sempre e segundo as regras que vou ditando a mim próprio.”
No seu novo álbum, Rock N’ Roll Consciousness, dir-se-ia que tudo isso está presente. Nota-se o despreendimento de alguém que já não tem nada a provar. E também está lá a passagem do tempo sem angústias. Mas isso não significa menos desejo de se pôr em causa. No total são apenas cinco longas canções (o single Cease fire surge como faixa escondida) que possuem a dose certa de exploração sónica e envolvimento melódico, com doses de dissonância e crescendos rítmicos, mas também de quietude, essencialmente transportada pelas letras e pela vocalização. É um disco focado na espiritualidade, como contraponto à desordem do mundo, e na ideia de ensaiar novas estruturas para o formato canção.
A entrevista completa em Cultura Ípsilon - Público
Os Sonic Youth, a espiritualidade, Trump, o papel da arte nestes estranhos tempos e o prazer da meia-idade. Aos 58 anos, Thurston Moore parece mais consciente de si e do que o rodeia do que nunca. No novo álbum experimenta novas estruturas para o formato canção e diz que é tempo de nos organizarmos.
Vítor Belanciano
28 de Abril de 2017
Diz que nunca se sentiu tão bem e quem somos nós para o contradizer? Os que continuam a associar a cultura rock aos ideais da juventude poderão estranhar. Quem cresceu a ouvir Sonic Youth poderá não perceber. E quem olha para o seu divórcio de Kim Gordon com azedume, seja porque romantizava essa relação ou porque ficou zangado por ter originado o fim dos Sonic Youth, poderá não perdoar-lhe. Mas ele não está nem aí.
Thurston Moore, 58 anos, músico, poeta, editor, improvisador, herói do rock alternativo, criador de tangentes entre cultura popular e radicalismo artístico, diz-nos que está num bom momento. “Vivi coisas fantásticas quando tinha 20 ou 30 anos e estou agradecido por isso, mas sinto que, enquanto artista e pessoa, encontrei nos últimos anos um ponto de equilíbrio mais satisfatório, sem que isso signifique menos inquietação pelo que me rodeia. Continuo a fazer o que mais gosto, com a paixão de sempre e segundo as regras que vou ditando a mim próprio.”
No seu novo álbum, Rock N’ Roll Consciousness, dir-se-ia que tudo isso está presente. Nota-se o despreendimento de alguém que já não tem nada a provar. E também está lá a passagem do tempo sem angústias. Mas isso não significa menos desejo de se pôr em causa. No total são apenas cinco longas canções (o single Cease fire surge como faixa escondida) que possuem a dose certa de exploração sónica e envolvimento melódico, com doses de dissonância e crescendos rítmicos, mas também de quietude, essencialmente transportada pelas letras e pela vocalização. É um disco focado na espiritualidade, como contraponto à desordem do mundo, e na ideia de ensaiar novas estruturas para o formato canção.
A entrevista completa em Cultura Ípsilon - Público
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