A bicicleta de poeta
pedala deserta
de vazio
e com ideia de chegar
a nenhum sítio.
Carregada de mudanças
não usa nenhuma.
Sabe que lá as tem
caso lhe fraquejem as canetas.
O único símbolo que permite
é um capacete.
Exemplo de proteger o exemplo
do que foi e não quer
ser
«Faz o que te digo e não o que eu faço».
Roda devagar.
Tem furos cientes de não chegar
ao destino.
(Isso é para outros veículos.
O motor de explosão
não se vê afectado pelo ácido
láctico, porém
também não conhece
a força daquele que decide…)
Pedalar
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