domingo, abril 30, 2017
MEMÓRIA DE PLASENCIA - ÁLVARO VALVERDE
sábado, abril 29, 2017
Calos de escrita
sexta-feira, abril 28, 2017
“A música, a poesia e a arte podem ser alternativas à energia negativa do mundo”
Os Sonic Youth, a espiritualidade, Trump, o papel da arte nestes estranhos tempos e o prazer da meia-idade. Aos 58 anos, Thurston Moore parece mais consciente de si e do que o rodeia do que nunca. No novo álbum experimenta novas estruturas para o formato canção e diz que é tempo de nos organizarmos.
Vítor Belanciano
28 de Abril de 2017
Diz que nunca se sentiu tão bem e quem somos nós para o contradizer? Os que continuam a associar a cultura rock aos ideais da juventude poderão estranhar. Quem cresceu a ouvir Sonic Youth poderá não perceber. E quem olha para o seu divórcio de Kim Gordon com azedume, seja porque romantizava essa relação ou porque ficou zangado por ter originado o fim dos Sonic Youth, poderá não perdoar-lhe. Mas ele não está nem aí.
Thurston Moore, 58 anos, músico, poeta, editor, improvisador, herói do rock alternativo, criador de tangentes entre cultura popular e radicalismo artístico, diz-nos que está num bom momento. “Vivi coisas fantásticas quando tinha 20 ou 30 anos e estou agradecido por isso, mas sinto que, enquanto artista e pessoa, encontrei nos últimos anos um ponto de equilíbrio mais satisfatório, sem que isso signifique menos inquietação pelo que me rodeia. Continuo a fazer o que mais gosto, com a paixão de sempre e segundo as regras que vou ditando a mim próprio.”
No seu novo álbum, Rock N’ Roll Consciousness, dir-se-ia que tudo isso está presente. Nota-se o despreendimento de alguém que já não tem nada a provar. E também está lá a passagem do tempo sem angústias. Mas isso não significa menos desejo de se pôr em causa. No total são apenas cinco longas canções (o single Cease fire surge como faixa escondida) que possuem a dose certa de exploração sónica e envolvimento melódico, com doses de dissonância e crescendos rítmicos, mas também de quietude, essencialmente transportada pelas letras e pela vocalização. É um disco focado na espiritualidade, como contraponto à desordem do mundo, e na ideia de ensaiar novas estruturas para o formato canção.
A entrevista completa em Cultura Ípsilon - Público
Perder a ironia
Marylin Monroe de 80 anos e de muletas...
quinta-feira, abril 27, 2017
terça-feira, abril 25, 2017
«Papá, ¿Por qué motivo admiras tanto a este militar?»
(Pensé: «Hijo, hay hombres, como el Capitán Salgueiro Maia, que no se pueden morir de un cualquier cáncer, pero sí de pie, fulminados por un rayo.»).
Le dije: «Porque es puro.».
Y él: «¿Puro? ¿Qué es eso?».
«Es ser leal a las raíces. Las suyas son como las tuyas. Están en la frontera.».
Riéndose: «No te entiendo, papá. ¿Él es como el Capitán América?».
«¡Más fuerte y no llevaba escudo!».
Lembranças de Abril...
Eu cá não sou muito nostalgico, pouco saudosista, mas hoje estou a lembrar-me demasiado do 25 de Abril, da sua celebração na minha cidade, da Praça do Giraldo a cantar a «Grândola». Deve ser porque estou quase a ir para uma comissão pedagógica, uma comissão onde há o fascismo sistemático que me impede votar. Farei uma revolução? Desobedecerei à legislação?
Não me parece. Não tenho coragem de capitão.
domingo, abril 23, 2017
O Afinador de Memórias
sábado, abril 22, 2017
Pedros (Coria, 22/IV/2017)
sexta-feira, abril 21, 2017
quinta-feira, abril 20, 2017
“¡Hola!”
quarta-feira, abril 19, 2017
Nós e o Charlie…
Reflexão do Dia Internacional da Bicicleta (a partir das palavras de Jim McGurn)
Bicicleta de Poeta
"A SECÇÃO ÁUREA" - Manuel Rivas
Do tom proverbial ao maternal...
terça-feira, abril 18, 2017
“Budo Humanista e Ilustrado” de Pedro Martín
Teresa Torga (Júlio Pereira e Minela)
Mais a guitarra de Moz Carrapa.
segunda-feira, abril 17, 2017
3000
domingo, abril 16, 2017
«Paterson» ("Se alguma vez me deixares/Chorarei por o meu coração arrancado/E nunca o poderei sarar")
sexta-feira, abril 14, 2017
Medos que inventaram para mim
quinta-feira, abril 13, 2017
Eu trabalho e trabalho (Pablo Neruda)
devo substituir
tantos olvidos,
encher de pão as trevas,
fundar outra vez a esperança.
quarta-feira, abril 12, 2017
Fado do Campo Grande (Carlos do Carmo)
Carlos do Carmo mais todos eles:
Letra: José Carlos Ary dos Santos / Música: António Vitorino D'Almeida
Guitarra Portuguesa: Raúl Nery - António Chaínho; Viola: Martinho D'Assunção; Viola Baixo: José Maria Nóbrega.
segunda-feira, abril 10, 2017
Jugador Fantasma...
domingo, abril 09, 2017
Domingo abandonado (mas com sol)
Dois atentados a igrejas no Egipto. Dezenas de mortes. Um porta-aviões dos EUA nos mares Japão para mostrar uma posição de firmeza após lançamentos de misséis norte-coreanos. Morte da primeira mulher ministra da defesa espanhola, um dos maiores símbolos da luta pela igualdade que os meus olhos viram até hoje, quando, após jurar o cargo, passou revista às tropas do reino bem grávida da sua condição de mulher lutadora.
Mas o sol brilhou, o rio correu e nós descobrimos novos recantos cheios de luz e pássaros... O mundo não descansa ao domingo. Deveria. Dizem que Deus descansou, no entanto, o seu filho predilecto, num momento de fraqueza, ou lucidez, bradou ao céu indagando:
«Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?»
Autocaravana a pedais/pedales...(01/IV/2017)
«Every woman every man
Join the caravan of love...»
A nossa autocaravana o motor é a pedais.../Nuestra autocaravana el motor es a pedales...
«Tenta deixar o mundo um bocadinho melhor do que o encontraste» 08/IV/2017
sábado, abril 08, 2017
Marco Pisellonio - Deux ex machina
sexta-feira, abril 07, 2017
Processo de Disciplina a um Soldado da Paz
quinta-feira, abril 06, 2017
Mãos a falarem por nós...
Olhámos para as nossas mãos, como as vemos e como o outro as vê. Só neste acto de contemplação encontramos uma história, imagino só o que poderíamos encontrar, descobrir, se as tocássemos, as decifrássemos em linhas, calos ou suavidades. São as mãos que lançam os dados das nossas vidas, mas também são as mãos as que organizam os dados que contam a sua história...
Já de volta desta viagem pelas nossas mãos, de caminho a casa, quando tropecei não chegaste a tempo. Esfolei a palma das minhas mãos. Eis o destino a influenciar as linhas das nossas vidas...
Escrever para o esquecimento mas para não me esquecer...
quarta-feira, abril 05, 2017
Há os poetas... Filipa Leal (in «Pelos Leitores de Poesia»)
«Há os poetas que não gostam de ninguém, e há os que têm pena de toda a gente. Os primeiros safam-se melhor. Os segundos estão sempre a dar esmolas e a dizer poemas por todo o lado.»
Dou por mim a imaginar uma espécie de paraíso dos poetas
Os mortos não se levantam da campa para urinar
terça-feira, abril 04, 2017
Devo ser do norte
domingo, abril 02, 2017
Buena letra, tareas a tiempo y esfuerzo
O ciclista de Abril (ilustração de Alex Gozblau, in «Romance do 25 de Abril»
A ideia da Primavera trazer a liberdade de Abril em bicicleta para todos nós é o mais reconfortante raio de sol que me entra janela a dentro...
Ajoelha-te perante o momento presente
Amor de cadeado
sábado, abril 01, 2017
Uma desarrumação no cabelo (Gonçalo M. Tavares)
Havia uma desarrumação no cabelo, se tinha
calções eles caíam; puxava-os para cima, não
me penteava.
Se alguma trégua fiz com a infância foi esta:
ainda não uso pente, os calções são calças,
mas continuam a cair. Por delicadeza,
puxo-as para cima.
Gonçalo M. Tavares